terça-feira, 4 de junho de 2013

alegoria das coisas I

disparava os olhos claros para mim como quem vê um monstro estranho e pergunta "quem és". um gota grossa de sangue ia-lhe marcando um trilho no pescoço que queria ter sido eu a percorrer.
 tentei ligar-lhe os headfones à nuca. queria ouvir-lhe o meu nome nos pensamentos.

não ouvi nada além de interferências. desde aí nunca mais comprei fones nos chineses

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