terça-feira, 31 de dezembro de 2013
Nossa Senhora dos Pobres de Espírito II
Estranha forma de estar, quando estar é estarmos, e pensar é pensarmos. e quando te descobres a ti mesmo ja não és, mas foste... e ficas na sombra daquele que pensou quando tu pensavas. seja feita a vossa vontade.
terça-feira, 24 de dezembro de 2013
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
Natal diferente
Este foi verdadeiramente um Natal
diferente de muitos outros que já esqueci
por não terem nada para registar
com sons na rua ditos e cantigas
há muito tempo esquecidas
os amigos lá longe a saudaram
dentro deste estranho aparelho
que nunca consigo encontrar
na hora certa para atender.
Mas foi disso tenho a certeza
tempo de amor e esperança
foi um sopro de boa vontade
na desordem deste descontentamento
que a todos nos faz pensar
se o Natal sobrevive porque é verdade
ou é apenas mais um fingimento.
E na desordem das coisas encontrei um amigo
daqueles que não sabem ler nem escrever
Homem de uma só palavra
antes morrer do que torcer
irmão de não sei quantas noitadas
desafiando de peito aberto
as noites frias anunciadas
muito senhor do seu saber
que a escola alguma foi reclamada
mesmo sabendo que nada tem.
E senti-me bem neste aconchego
nesta forma de vida tantas vezes votada
em promessas de muitos paladinos da verdade
daqueles que com o maior desdém
esqueceram tão repentinamente
as suas próprias misérias de origem
que nos olham hoje sem olhos de ver
que se julgam senhores de muito saber
que imaginam esquemas para nos tramar
mas não passam de prisioneiros
de muitos enganos por explicar.
Não passam nem passarão
neste crivo de fraternidade
e do Povo jamais saberão
o que é viver o Natal a cantar!
Francisco José Lopes
Este foi verdadeiramente um Natal
diferente de muitos outros que já esqueci
por não terem nada para registar
com sons na rua ditos e cantigas
há muito tempo esquecidas
os amigos lá longe a saudaram
dentro deste estranho aparelho
que nunca consigo encontrar
na hora certa para atender.
Mas foi disso tenho a certeza
tempo de amor e esperança
foi um sopro de boa vontade
na desordem deste descontentamento
que a todos nos faz pensar
se o Natal sobrevive porque é verdade
ou é apenas mais um fingimento.
E na desordem das coisas encontrei um amigo
daqueles que não sabem ler nem escrever
Homem de uma só palavra
antes morrer do que torcer
irmão de não sei quantas noitadas
desafiando de peito aberto
as noites frias anunciadas
muito senhor do seu saber
que a escola alguma foi reclamada
mesmo sabendo que nada tem.
E senti-me bem neste aconchego
nesta forma de vida tantas vezes votada
em promessas de muitos paladinos da verdade
daqueles que com o maior desdém
esqueceram tão repentinamente
as suas próprias misérias de origem
que nos olham hoje sem olhos de ver
que se julgam senhores de muito saber
que imaginam esquemas para nos tramar
mas não passam de prisioneiros
de muitos enganos por explicar.
Não passam nem passarão
neste crivo de fraternidade
e do Povo jamais saberão
o que é viver o Natal a cantar!
Francisco José Lopes
domingo, 22 de dezembro de 2013
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
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sábado, 14 de dezembro de 2013
pequenos detalhes XIV
o contorno do queixo.
pequenas flexões e uma nova expressão
da casualidade do rosto até ao estalar da gargalhada
momento a alterar o tempo.
é mais lento agora.
esperar-lhe o sorriso
pequenas flexões e uma nova expressão
da casualidade do rosto até ao estalar da gargalhada
momento a alterar o tempo.
é mais lento agora.
esperar-lhe o sorriso
mudam-se os tempos?
"times are bad. children no longer obey their parents and everyone is writing a book."
Cícero 45 a.c (tradução desconhecida)
Cícero 45 a.c (tradução desconhecida)
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
O cheiro das violetas do meu jardim leva os meus pensamentos para uma dimensão abstracta que anula todo o meu ser. A morte muito deve ter a ver com isto, a ausencia de existencia tão praticada por muitos ilustres vagueantes deste mundo. Sobre a vida pouco sei, apenas que há determinados seres cuja presença nas nossas vidas é tao significante como as gotas de orvalho, que cobrem as superficies rugosas do muro do meu jardim pelas manhas de inverno. Assim ele se fez caçador, para ter o teu amor.
os palhaços
rasgavam a pele para ser mais do eram. escreviam pelo próprio corpo histórias fantasiosas em busca do agrado. sabiam que o sono do fim do dia e a vontade de pintar de novo a máscara dependiam da aceitação do espetáculo e não se importavam por isso de serem atração de circo.
esperavam aplausos.
em vários anos de carreira nunca perceberam que afinal ninguém gosta de palhaços
esperavam aplausos.
em vários anos de carreira nunca perceberam que afinal ninguém gosta de palhaços
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
A Porta de Minerva
"Sentia-se fatigado e melancólico daquela sensação de tempo perdido que lhe davam as aulas. Considerava-as mais do que inúteis, prejudiciais. Os professores repetiam de uns anos para os outros o que vinha já nas sebentas. Em verdade os alunos iam lá só porque eram obrigados, mas não os ouviam e nem mesmo os "ursos" iam com o interesse de quem vai aprender alguma coisa. Fingiam, sentados nas carteiras, habituando-se a usar uma máscara de conveniência. Talvez fosse essa a utilidade que dali traziam para a vida: aprender a afivelar a máscara. Conversavam uns com os outros o mais discretamente que podiam ou olhavam a cara do professor, abstratos, a pensar noutra coisa, ouvindo confusamente umas palavras mortas e vazias, como uma espécie de penalidade a cumprir. A saída era a libertação dos presos da cadeia." (Branquinho da Fonseca)
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
A morte anunciada da arquitectura.
Pela primeira vez na historia estamos numa época onde a arquitectura passou para segundo plano, a arquitectura como disciplina está a morrer. Já não existe nada de novo para se fazer, chegamos ao tempo onde a sua influência na sociedade cesou, já não se vive na cidade, já não se habita o espaço, porque eles juntamente com a arquitectura, morreram com a emancipação da era da comunicação e da velocidade.
"O Tempo e o Espaço morreram ontem. Já
vivemos no absoluto, uma vez que já
criamos a eterna e omnipresente
velocidade."
Ja nao existe espaço para o arquitecto nesta sociedade, o "agente dador de vida" mudou de cargo, nimguém sabe o caminho que a arquitectura deve tomar porque muito provavelmente chegou ao fim. Autodestrui-se, consumiu-se sobre si própria de tal modo que o única forma de subsistencia será a sua reinvenção, não aos olhos do passado mas com um pensamento livre de analogias e premissas desgastadas e descontextualizadas.
Pela primeira vez na historia estamos numa época onde a arquitectura passou para segundo plano, a arquitectura como disciplina está a morrer. Já não existe nada de novo para se fazer, chegamos ao tempo onde a sua influência na sociedade cesou, já não se vive na cidade, já não se habita o espaço, porque eles juntamente com a arquitectura, morreram com a emancipação da era da comunicação e da velocidade.
"O Tempo e o Espaço morreram ontem. Já
vivemos no absoluto, uma vez que já
criamos a eterna e omnipresente
velocidade."
Ja nao existe espaço para o arquitecto nesta sociedade, o "agente dador de vida" mudou de cargo, nimguém sabe o caminho que a arquitectura deve tomar porque muito provavelmente chegou ao fim. Autodestrui-se, consumiu-se sobre si própria de tal modo que o única forma de subsistencia será a sua reinvenção, não aos olhos do passado mas com um pensamento livre de analogias e premissas desgastadas e descontextualizadas.
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Em arquitectura perde-se mais tempo a tentar justificar o injustificável do que a justificar o justificável.
Entenda-se justificável como:
Aquilo que PODE ser explicado segundo um conjunto de regras ou processo cognitivo de analogia.
OU
Aquilo que MERECE ser explicado segundo um conjunto de regras ou processo cognitivo de analogia.
Entenda-se justificável como:
Aquilo que PODE ser explicado segundo um conjunto de regras ou processo cognitivo de analogia.
OU
Aquilo que MERECE ser explicado segundo um conjunto de regras ou processo cognitivo de analogia.
domingo, 8 de dezembro de 2013
sábado, 7 de dezembro de 2013
estudante 3
há no passar das coisas epifanias constantes que não me deixam entender a indigente necessidade pelo passado. é do mais estupido que a arquitetura se veja parada a olhar para trás enquanto o tempo urge no sentido oposto. uma inércia contra as leis do equilíbrio. uma repressão da condição natural das acções humanas. este negar das coisas que nos podem surpreender em prol das que já o fizeram tomando as últimas como melhores apenas porque são mais palpáveis. por preguiça. por medo do desconhecido. acontecendo isto mesmo quando o contexto que as suportou está velho, podre, falhou e já morreu. há demasiada gente no escuro por ter os olhos voltados para dentro.
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
Nossa Senhora dos Pobres de Espírito
Pobres daqueles, que não sabendo sonhar estão tão agarrados a realidade que nem a deles lhe chega.
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
procura do conhecimento - uma treta
eu sei que o chão está ali, sei que é duro mas não é por isso que me aleijo menos quando caio
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
Repetir uma palavra até ela perder o sentido...
ora adorava perder o sentido de tempo...
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hum... Perda de tempo...
ora adorava perder o sentido de tempo...
tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo.
hum... Perda de tempo...
portugal ( hoje com minúscula porque não joga a seleção)
somos uma daquelas caravelas dos Descobrimentos. perdemos-nos num limbo. sem saber se andamos à deriva à procura da Índia ou no nevoeiro à espera do outro. para zarpar para onde há sol. olhamos uns para os outros, queixamos-nos disto e daquilo enquanto o pinho apodrece no mar. estamos longe da costa, longe do que é ser um País, do que é ter gente que não cansada de tudo, com sabor a sal sendo insossa e adormecida pelo embalar das ondas. aqui parados desaprendemos a andar, desaprendemos a ver para lá das nuvens. não rimos para não mostrar os dentes feios das doenças do oceano, não rimos porque temos de parecer tristes, não rimos porque dá trabalho. pastamos. zurramos. somos burros e gostamos das orelhas que temos.
domingo, 1 de dezembro de 2013
estudante de arquitetura II - explicação de uma vida
o trabalho mastiga-me, os dias engolem-me, digestões à parte e não me posso admirar por andar sempre feito em merda
estudante de arquitectura - a violação
(tom de choro) disse-me o que o pilar era fino, a viga frágil, o isolamento insuficiente (soluço) e não contente com isso riscou-me com o lápis o ecrã do PC.
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