terça-feira, 26 de novembro de 2013

domingo, 24 de novembro de 2013

pedem-nos para encher todos os balões da festa.
que sejamos grandes todos os dias
e quando não somos está ali uma rotina, uma folha em branco, uma vista na janela sem significado, um tédiozinho no ar que não passa nem quer passar
diz-nos ele que não fomos capazes, que o dia se perdeu e ficou por encher, que não temos pulmões para isto.

é mais uma competição de encher balões. para os mostrar no final. porque o cansaço só conforta quando é reconhecido


O Problema não é ter más ideias. é gostar delas.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

acabaram quando descobriram que tomavam duche a temperaturas diferentes.
a maior parte do que sabe não lhe sabe a nada
o problema da humanidade é que quando o ronaldo chuta a bola há mais quem espere um grande falhanço do que um grande golo.

os donos da mimica

foram esquecendo a espontaneidade. construíam a ficção. recebiam palmas. quando acabaram os filmes que passavam no corpo caiam mortos. o público saía. o teatro fechava.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

sábado, 2 de novembro de 2013

Oi.
a minha cabeça bateu violentamente na porta. estava escuro e eu não vi que estava fechada. secalhar estou a começar a ficar cega. ou secalhar a escuridão é que nos torna cegos. ou secalhar a escuridão é um estado de cegueira. ou secalhar é tudo a mesma merda

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

ninguém usava a árvore. apenas a sombra da árvore.
Havia uma caixa branca. Branca por fora branca por dentro. A caixa é do tamanho de uma casa. A caixa tinha duas portas opostas transversalmente. Havia uma fila de gente a atravessar a caixa. Talvez toda a gente do mundo. Uns já viram, outros dentro a ver e outros fora a esperar. As pessoas não se viam umas às outras e a caixa era sempre vista pela primeira vez.

sobre inaugurações ...

a escola é para os alunos a comida é para os professores

tensões de amor II - alegoria da fugacidade das coisas

Percorreram um inverno. Sabiam juntos que o sol nasceria. A noite passa. O frio passa. Tudo passa.
Congelaram abraçados.

A neve que congelava era a neve que os mantinha. Um resto de energia. Todo o lugar faz querer o seu contrário, existiam para existirem depois. O inverno fê-los sonhadores e ensinou-lhes a paciência e quando ele passou passaram-se também eles ao caralho.

Wolfgang Suschitzky

Crisis