quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

“Do you ever wait for the longest day of the year and then miss it? I always wait for the longest day of the year and then miss it!” 

F. Scott FitzgeraldThe Great Gatsby
e nietzsche escreveu: "gosto de hábitos que não duram; são de um valor inapreciável se quisermos aprender a conhecer muitas coisas, muitos estados, sondar toda a suavidade, aprofundar a amargura (...) o objecto querido deixa-me então, não sob o efeito do meu fastio, mas em paz, saciado de mim e eu dele (...). Assim acontece com tudo, alimentos, pensamentos, pessoas, cidades, poemas, músicas, doutrinas, ordens do dia, maneiras de viver."

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

"Nunca mais regressaste a casa desde Agosto.
O teu lugar à mesa ficou vazio. 
Eu passei a coleccionar os nomes de coisas distantes,
sentei-me a desenhar sistemas de coordenadas, 
soletrei os hemisférios das palavras, regressei às zonas epidérmicas do toque,
à fome anatómica dos gestos, 
às regiões endémicas dos sismos,
à solidão unívoca das margens dos rios,
ao silêncio lento das magnólias.
Trouxe o domingo para dentro de casa e guardei-o junto ao parto em que me deste à luz.

Digo: Os dias são todos de morrer. Nenhuma das memórias que tenho de ti sabe negar essa evidência."

José Rui Teixeira

sábado, 20 de dezembro de 2014

Nem ele acreditava no que dizia. E eu, tinha a (rude) capacidade de levar o meu pensamento para qualquer outro lugar, à minha escolha. A mesma merda vezes e vezes sem conta. Tantas quantas eu quisesse.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Sempre se debateu onde acabava a vida dele e começava a dos outros. Descobriu que a dele já tinha acabado.
Leu-lhe a sina, tocou-o na cara e levou-o a passear onde ele nunca tinha ido durante dias em alguns minutos. No fim deixou-o plantado à beira-mar. Puta.

Quem disse que os anjos não têm sexo?

domingo, 7 de dezembro de 2014

a escola e eu

acordar na rússia e só saber falar espanhol
ter as pernas rodadas ao contrário e abrir as portas à cabeçada

formas de ver as formas 2

varria tudo para amanha. Só não se adia respirar porque às vezes faz falta.
esperava um sábado que nunca haveria de chegar.
Esteve acordado poucas vezes nessa semana.
e ninguém o avisou que a vida podia acabar às sextas.
também não gostava muito de domingos
e havia tanto que fazer para segunda-feira.

não sentiu a morte aproximar-se porque os olhos não vêem para dentro

formas de ver as formas I

todo o universo parecia simples para a cabeleireira.
lavar, cortar, secar. tudo parte de uma sequência lógica de fricções físicas, mistura de líquidos e controlo de volumes.

o mundo era-lhe um conjunto de cabelos lisos, ondulados e uma série de meios termos. 
Deus tem futuro?


Antes tu que passado.
Pois és luz nova de mesmo nome.
Encantadora e misteriosa,
Como um amor deve ser...

sábado, 6 de dezembro de 2014

dig

Continuarei a especular sobre o futuro porque o passado já está morto e enterrado. Já o tentei desenterrar, não raras vezes, mas acabei, sempre, por cair nas profundezas do meu próprio buraco.
Ironia da vida.
Ninguém me manda mexer no que está quieto.