quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Pascoa

pelo caminho levava às costas uma forma de morrer. perdia pedaços enquanto não chegava. ia caindo ia-se levantando. sabia como ia acabar. não é sempre assim?

os maus encaixes

queria uma cadeira. comprou uma estante. montou-a a parecer uma cadeira. as estantes estavam em promoção. é sempre assim.

Verdades Demasiado Negligenciadas 6

vivemos como estúpidos. vivemos com estúpidos. odiamos os estúpidos

tretas

dezembro é uma palavra feia. o ano devia acabar em agosto

autobiográfico 4

doravante tenho um filme preferido.
Aguentou o primeiro dia. Faltam 364.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Tenho uma certa necessidade de atribuir culpa por tudo o que acontece. Considero que a partir do momento em que existe uma razão, existe uma causa, uma origem, um culpado (considero também que tudo tem uma explicação).

Talvez não seja uma procura pela culpa, embora muitas vezes passe para esse lado, mas sim uma necessidade de saber o porquê de todas as coisas. Não é uma procura pelo saber, não me inquietam minimamente explicações e regras escritas em livros. Inquieta-me sim o que ninguém pode explicar, as incertezas.

Possivelmente terá a ver com uma ligeira obsessão por ter as coisas nos seus devidos lugares, uma fraca, mas constante, tentativa de racionalizar e organizar tudo.

E é entre estas incertezas ou incógnitas que tento adormecer enquanto as obsessões não me largam.


O ano mudou, mas não me sinto diferente.