Pedia eu que o tempo passasse num ápice para, de repente, no presente, estar no futuro.
Pedia eu para que o meu tempo estivesse no pretérito mais-que-perfeito, quando me apercebo que tudo é passado. Concluo que o presente e o futuro são um milésimo de segundo (e perdoem-me se estiver a exagerar). Concluo que vivemos no passado, porque o presente é tão curto que já estou no futuro. Viagens no tempo são possíveis, porque estou permanentemente a viajar pelo tempo.
Volto ao passado. Nunca deixei de nele existir.
Apercebo-me, então, que o tempo passa num ápice e o mais certo é ser eu que não passo pelo tempo.
quinta-feira, 30 de outubro de 2014
quarta-feira, 29 de outubro de 2014
relatos da suécia
demorava-se a olhar a janela fechada de si mesmo. talvez esperando sentir-se passar lá fora numa dimensão passada.
se um grito o deixasse, avisar-se-ia para não entrar ali. correr para longe. que aquela rua era de sentido único e direcção descendente.
mas sabia-se incapaz de alterar o rumo do que passou, principalmente por não saber o que mudar e não saber o que passou. ou que mesmo mexendo muito não mudaria nada. quanto mais nós se dá ao baraço do tempo mais próxima fica a ponta final.
o vazio seria sempre força gravitacional mais forte. e que se o destino existe, está também ele preso ao mundo pelas leis da física. energia e matéria
colada ao chão até o chão se abrir para dele ser parte.
fora raptado pelo tédio.
um síndroma de estocolmo acomodava-lhe o escuro do quarto.
se um grito o deixasse, avisar-se-ia para não entrar ali. correr para longe. que aquela rua era de sentido único e direcção descendente.
mas sabia-se incapaz de alterar o rumo do que passou, principalmente por não saber o que mudar e não saber o que passou. ou que mesmo mexendo muito não mudaria nada. quanto mais nós se dá ao baraço do tempo mais próxima fica a ponta final.
o vazio seria sempre força gravitacional mais forte. e que se o destino existe, está também ele preso ao mundo pelas leis da física. energia e matéria
colada ao chão até o chão se abrir para dele ser parte.
fora raptado pelo tédio.
um síndroma de estocolmo acomodava-lhe o escuro do quarto.
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